sábado, 26 de fevereiro de 2011

RIO ACARAÚ


Com 373 quilômetros de comprimento, ele nasce na Serra das Matas, no município de Monsenhor Tabosa, no ponto mais alto do Ceará. Neste mesmo lugar nasce o Rio Quixeramobim. Também conhecido como Rio das Garças, banha dezessete cidades, constituindo-se como o segundo mais importante rio do estado, perdendo o posto para o Rio Jaguaribe.
Hoje nós, morrinhenses, temos água corrente o ano inteiro, o que não ocorria antigamente quando no verão era necessário a construção de cacimbas para tirar água para satisfazer as necessidades. E isso se deve graças à perenização do rio pelo Açude Araras, Paulo Sarasate, na cidade de Varjota.
Infelizmente mesmo com toda a importância que ele tem, de todos os benefícios trazidos, não é dado o merecido cuidado de que necessita. Em todo o percurso realizado, de sua nascente à desembocadura no Oceano Atlântico, em Acaraú, é flagrante a degradação das matas ciliares. Em certos pontos observa-se o rio com uma grande extensão de uma margem a outra, provocada pelo assoreamento, a retirada irregular de areia e a grande quantidade de esgoto doméstico e até industriais despejados em seu leito, ocasionando severos danos ao ecossistema do rio.
Por onde o rio passa traz grande desenvolvimento aos municípios, além de proporcionar lazer, fertilidade, dando aos habitantes destes lugares água em fartura e de qualidade. Agora, cabe a nós a ação da preservação para que tudo de bom que ele nos traz prospere para as futuras gerações.
DADOS:
NASCENTE: A 1154m de altitude, em Monsenhor Tabosa.
FOZ: Oceano Atlântico, em Acaraú.
COMPRIMENTO: 373km
CIDADES POR ONDE PASSA: Monsenhor Tabosa, Tamboril, Nova Russas, Ipueiras, Ipu, Hidrolândia, Cariré, Groaíras, Varjota, Sobral, Massapê, Santana do Acaraú, Morrinhos, Marco, Bela Cruz, Cruz e Acaraú.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O ENSINO ESCOLAR DE ANTIGAMENTE

      Postarei logo abaixo um relato escrito por Claucídia Vasconcelos de como se constituía o ensino em nosso município na década de 1920. É uma bela descrição do modo como se lecionava e se dava o aprendizado, do conteúdo ensinado, e como era o ambiente da sala de aula.

      Na década de 1920, Carminha Vasconcelos já era professora particular. Na sala havia uma mesa, uma palmatória, e bancos de 2 metros de comprimento, formados por duas tábuas de madeira e duas em cada ponta servindo de pernas. Os meninos ficavam de um lado e as meninas do outro. Não havia quadro negro. A mesa ficava no centro, no canto um caneco e um pote com água.
As crianças começavam lendo a carta do A-B-C. Primeiro, aprendiam o alfabeto maiúsculo, depois, o minúsculo, em seguida as primeiras sílabas, soletrando as palavras de uma, duas e três e mais sílabas. Aprendido a soletrar, era obrigado a ler a lição do dia. Se não soubesse, ficava preso(a) de castigo até aprender.
Na quarta-feira e sábado havia argumento conforme as classes. A professora sentava-se e as crianças do A-B-C faziam uma roda em volta dela, e esta perguntava ao primeiro aluno, apontando com um lápis: Que letra é esta? Se não errasse, perguntava outra letra ao segundo e daí por diante. Ao aluno que não errava era dado o direito a dar um bolo com o uso da palmatória na mão de cada um que errou. Isso durava de quinze a vinte minutos.
Depois vinham as turmas do 1°, 2°, 3° e 4° Livros, em seguida, perguntas do Catecismo, Tabuada de somar, diminuir, dividir e multiplicar. Os mais adiantados estudavam cantando os algarismos Romanos, e o dinheiro da época: O Vintém, o Tostão, a Pataca...
Nestes dias não havia estudo das lições de carta A-B-C nem de livro, era recordação do que foi estudado nos outros dias.
Alunos mais inteligentes e com mais idade escreviam Exercício de Ditado. Faziam apostas de casal: a professora colocava as Escritas Caligrafia e Ortografia. A quem tivesse a melhor letra e escrita era dado o direito de dar um bolo no outro. O papel existente para escrita era somente almaço, dobrado em oito partes. Essa educação perdurou até a década de 1940.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A MULHER NO CENÁRIO POLÍTICO MUNICIPAL

Vereadora Térlia Leorne, eleita presidenta da Câmara Municipal
Aproveitando o momento ímpar que vive nossa política nacional desde 5 de outubro de 2010 quando pela primeira vez na história desse país uma mulher foi eleita presidente(a), quero trazer este fato para nós morrinhenses: a mulher na política municipal.
Lendo o livro Morrinhos: Sua História e Sua Gente, lançado em fevereiro de 2009, na página 358, na relação de vereadores eleitos em 15/11/1966, encontrei uma Maria Araújo Soares, tal a surpresa, veio-me logo à mente procurar pelos políticos morrinhenses do sexo feminino. Só que mais adiante se descobre que não é Maria, e sim, Mário Soares de Araújo, pai de Alkinda Soares.
É, a mulher na política morrinhense é um fato mais recente, mas mesmo assim vale registrar aqui no blog.
O cargo mais elevado na esfera municipal ainda não foi ocupado por uma mulher; mas, atualmente, no Poder Legislativo a cadeira da presidência encontra-se ocupada por uma.
A primeira a ocupar o cargo de vereadora foi eleita em 03/10/1988, trata-se de Maria Alda Soares. Na eleição seguinte não se repetiu a façanha, porém na eleição subsequente o segundo cargo mais importante foi conseguido por outra representante do sexo feminino.
Maria Osanila Barros, Dra. Osanila, esposa do vereador Cézar Diogo, do distrito de Sítio Alegre, ocupando o cargo de vice-prefeita. Na eleição seguinte também não houve representante mulher na política municipal.
Já na eleição de 03/10/2004 uma proeza na política morrinhense ocorreu: 3 mulheres foram eleitas vereadoras sendo elas Maria Alda Soares, Daci Marques e Térlia Leorne.
Nas eleições de outubro de 2012 pela primeira vez foram eleitos 11 vereadores e, entre eles, o número máximo de vereadoras eleitas, até a eleição de 2016, voltou a se repetir. Foram eleitas Neném do Elói, Térlia Leorne e Jeane de Araújo.
Constata-se aí nessa eleição a força da mulher no cenário político local.
Porém, uma nova façanha aconteceu em 2011. O Poder Legislativo pela primeira vez teve em sua presidência uma mulher: Térlia Maria de Oliveira Leorne, na gestão do prefeito Jerônimo Neto Brandão, ocupa as funções de administração da Casa Legislativa.
Percebe-se, portanto, a força da mulher na política municipal iniciada por Maria Alda, e que a cada dia vem aumentando, e a representação feminina vem ocupando espaço não só na política municipal como na nacional com a eleição de Dilma Roussef, eleita presidenta do país.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ELEIÇÃO E OS 4 CHICOS

  Na disputa a prefeito de 1976, como em toda eleição, as músicas e as paródias com referências aos candidatos são o barato à parte das eleições. Muitas delas marcam não apenas os eleitores como também as crianças. Eu, por exemplo, lembro de músicas da eleição de 1996, tendo sido eleito João Dau, quando eu tinha 8 anos.
    E na campanha política de 1976 aconteceu uma boa coincidência: os dois candidatos a prefeito e seus vices tinham todos como primeiro nome Francisco.
   Como todo Francisco, o povo com a sua mania de reduzir as palavras para facilitar a soletração, denominam-os de Chico.
   Assim, nesta eleição concorreram ao cargo de prefeito e vice, os seguintes senhores: FRANCISCO EDVAR SILVEIRA com FRANCISCO EDMILSON VASCONCELOS e  FRANCISCO ABDORAL ROCHA com FRANCISCO OSCAR VASCONCELOS. Portanto, vêem-se aí 4 Chicos: Chico Edvar, Chico Edmilson, Chico Abdoral e Chico Oscar.
 Observando essa coincidência, José Maurício Ursulino; que concorreu a prefeito em 2004, com sua brilhante capacidade em criar letras e músicas, além de um exímio violonista; compôs a seguinte letra que foi musicada, permanecendo na lembrança de muitas pessoas que vivenciaram aquela campanha. 
   Ouvindo minha avó, Claucídia Vasconcelos, cantar a música, já aprendi e sei de cor, e quando ouço o nome Francisco me vem à memória a seguinte música. Aqui vou postar somente a letra, pois não a tenho cantada.

"É nesta eleição
Que os 4 Chicos vão "brigar"
O Chico Abdoral
Juntinho do Chico Oscar

Contra Chico Edmilson
E Chico Edvar
Mas destes quatro Chicos
Só dois chiquinhos vão ganhar

É Chico Edmilson
É Chico Edvar
É Chico Abdoral
Junto com Chico Oscar".



Laécio Sousa